Em entrevista ao programa Correio Debate, da rádio 98FM, Edvaldo destacou que não descarta candidatura, mas diz que foco é administrar
Após ser empossado como prefeito interino de Cabedelo, Edvaldo Neto revelou como pretende conduzir a gestão municipal durante o período em que estiver à frente do Executivo. Segundo ele, o primeiro passo será unir forças e buscar a retomada do desenvolvimento da cidade.
Edvaldo era presidente da Câmara Municipal e assumiu a prefeitura após a Justiça Eleitoral manter a decisão que cassou os mandatos do então prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), da vice-prefeita Camila Holanda e do vereador Márcio Silva (União Brasil). Os três foram condenados por abuso de poder econômico e político nas eleições municipais do ano passado.
Em entrevista ao programa Correio Debate, da rádio 98 FM, Edvaldo destacou que o foco da administração será construir uma gestão que “dê espaço para quem é de Cabedelo” e para quem queira contribuir com o desenvolvimento da cidade portuária.
Estamos aqui cumprindo uma decisão judicial. Por estar na cadeira da presidência, isso nos alça a essa condição. É o momento de buscarmos algo bom para a nossa cidade. Não temos muito tempo para construir algo maior, por isso precisamos aglutinar forças com quem quer ajudar Cabedelo, afirmou o prefeito interino.
Edvaldo Neto permanecerá à frente da administração municipal até a convocação de novas eleições. Questionado sobre a possibilidade de disputar o novo pleito, ele não descartou a candidatura, mas ressaltou que qualquer decisão será tomada com base no diálogo.
“Acredito que este é o momento de fazer gestão. Obviamente, quando chegar a hora de conversarmos sobre eleições, vamos ouvir a população, os aliados políticos e até os adversários. Caso haja força e apoio suficientes para que eu possa colocar meu nome como candidato, isso será feito de forma natural. Mas, agora, estou focado em cumprir esta etapa e resgatar Cabedelo para o trilho do desenvolvimento”, concluiu.
Entenda o caso
André Coutinho, Camila Holanda e Márcio Silva foram condenados por abuso de poder econômico e político nas eleições municipais do ano passado. A ação que resultou na cassação é uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), fundamentada em apurações conduzidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação ‘En Passant’.
A decisão agora confirmada pelo TRE-PB tem origem em julgamento realizado no dia 17 de novembro, quando, durante sessão ordinária, a Corte Eleitoral decidiu pela cassação dos três políticos. Na ocasião, o placar foi de cinco votos favoráveis à cassação contra um voto contrário.
Os magistrados entenderam que houve graves irregularidades no processo eleitoral das Eleições de 2024, envolvendo práticas de abuso de poder político e econômico, além de captação ilícita de sufrágio.
As investigações apontaram, ainda, para a existência de um esquema de compra de votos com suposta participação de integrantes de facções criminosas. No mesmo julgamento, o ex-prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, foi condenado à inelegibilidade pelo prazo de oito anos.
A maioria do colegiado acompanhou o voto do relator, juiz Kéops de Vasconcelos, que destacou a presença de elementos probatórios capazes de demonstrar que a chapa eleita tinha ciência da atuação de grupos criminosos com influência na administração municipal.
Em junho deste ano, a Justiça Eleitoral já havia determinado a cassação do prefeito e da vice, decisão que foi questionada pela defesa por meio de recurso, agora rejeitado pelo Tribunal.
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https://portalcorreio.com.br/prefeito-interino-de-cabedelo-edvaldo-neto-prega-dialogo-e-retomada-do-crescimento/
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