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Venezuela critica Trump e diz que fala "belicosa" viola lei internacional


                                            Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro • REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria


Ditadura de Nicolás Maduro afirmou que vê com extremo alarme uso da CIA e denuncia operação de "mudança de regime"


A Venezuela criticou Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (15), após ele confirmar que autorizou missões da CIA, a agência de inteligência americana, no território do país sul-americano.

"A República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela", diz nota do Ministério das Relações Exteriores.

"Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis", adiciona o texto.

O regime de Nicolás Maduro disse que os ataques contra barcos no Caribe e o uso da CIA são uma operação de "mudança de regime", que teria como objetivo apreender os recursos petrolíferos do país.

"Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela", adiciona.

Por fim, a nota informa que a Venezuela apresentará uma queixa contra os Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU e ao secretário-geral da organização.
Maduro diz "não à guerra"

Horas após a declaração de Trump, Nicolás Maduro criticou os Estados Unidos e fez um apelo contra a guerra.

Após dizer que é necessário "ganhar a paz da Venezuela" na opinião pública dos EUA, Maduro afirmou: "Dizer ao povo dos Estados Unidos: não à guerra. Não queremos uma guerra no Caribe ou na América do Sul".
Trump autoriza uso da CIA na Venezuela

Donald Trump confirmou que autorizou operações secretas da CIA na Venezuela durante evento na Casa Branca.

Ele justificou a medida alegando que há muitas drogas sendo enviadas do país sul-americano para os EUA.

"Temos muitas drogas chegando da Venezuela, e muitas das drogas venezuelanas chegam pelo mar, então vocês podem ver isso, mas vamos detê-las também por terra", afirmou o presidente.
Leia a nota da Venezuela na íntegra:

"República Bolivariana da Venezuela

Comunicado

A República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do Presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela.

Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis.

Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela.

É evidente que tais manobras buscam legitimar uma operação de "mudança de regime" com o objetivo final de apreender os recursos petrolíferos venezuelanos. Além disso, as declarações do presidente dos EUA buscam estigmatizar a migração venezuelana e latino-americana, alimentando uma retórica perigosa e xenófoba.

Na reunião extraordinária de chanceleres da CELAC, convocada pela Presidência Pro Tempore da Colômbia, a Venezuela apresentou formalmente esta queixa e exigiu uma resposta regional imediata.

Amanhã, nossa Missão Permanente na ONU apresentará esta queixa ao Conselho de Segurança e ao Secretário-Geral, exigindo a responsabilização do governo dos Estados Unidos e a adoção de medidas urgentes para impedir uma escalada militar no Caribe, zona declarada pela CELAC em 2014.

A comunidade internacional deve compreender que a impunidade por esses atos terá consequências políticas perigosas que devem ser interrompidas imediatamente.


Caracas, 15 de outubro de 2025"


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