Primeira reunião da CPI dos Combustíveis tem impasse sobre indicados para presidência e relatoria

 

Vereadores questionaram a parcialidade do rpesidente do Colegiado, Raoni Mendes (DC) e o relator Fábio Lopes (PL), quue já teriam se manifestado sobre o assunto

A primeira reunião da CPI que investiga a suposta prática de cartel pelos postos de combustíveis de João Pessoa, foi marcada por discussões sobre os nomes que compõem a presidência e a relatoria do colegiado, na manhã desta segunda-feira (15). Os postos, atualmente, são ocupados pelos vereadores Raoni Mendes (DC) e Tarcísio Jardim (PP).

O impasse é gerado, principalmente, pelo fato de o Regimento Interno da Casa não possuir dispositivos que norteiem o assunto. Por isso, cinco do sete vereadores da Comissão apresentaram um requerimento pedindo que o presidente e o relator da CPI fossem escolhido por meio de votação, o que gerou embates entre os parlamentares.

Contrário à indicação, o vereador Fábio Carneiro (SDD), defendeu que os nomes escolhidos para presidir o colegiado precisam ser imparciais.

“Por uma questão de ter tido aqui nessa casa declarações e posicionamentos dele no tocante a questão da CPI dos combustíveis, eu acredito que essa casa, o membro, o presidente, o relator, eles têm que ser 100% parciais, receber todos os requerimentos, colocar em votação, e ser o mais transparente e democrático possível.”

Em defesa de sua permanência no comando da CPI, Raoni rebateu o colega parlamentar e disse que a justiça pode ser acionada.

“Caso você tenha alguma coisa, você judicialize o caso. Nós vamos dar continuidade ao trabalho. Eu convoquei, a pedido do Leonardo Quintans, o Ministério Público e sairemos em comissão. Serão indicado três, para o Ministério Público acompanhar. A gente não pode fazer pré-julgamento anteriormente a minha condução aqui. Se houver alguma conduta que macule os trabalhos da CPI, aí sim vocês poderiam fazer qualquer observação. Eu irei presidir com a maior isenção que me cabe como presidente, desde o voto de Minerva ser do relator até convocar o Ministério Público para participar.

Já Guguinha Moov Jampa (PSD), o idealizador da proposta que instalou a CPI, ameaçou sair da comissão, caso o requerimento não seja colocado em votação.

“Se o vereador Raoni quer participar da comissão, por que fazer tanta questão de ser presidente?! Então a gente tem que decidir e tem que votar esse requerimento aqui. A gente não pode deixar para depois não, porque se esse requerimento não for votado e não fosse aceito pelo presidente, eu prefiro me retirar dessa comissão.”

Como o impasse permaneceu, os membros da CPI decidiram dar o requerimento por lido e solicitaram parecer da Procuradoria-Geral da Casa.

Após emissão de parecer pela Procuradoria, o documento será analisado pela Presidência da Casa, que deverá se posicionar sobre o seguimento ou não do pleito dos membros da Comissão.

Além dos vereadores Raoni Mendes e Tarcísio Jardim, Fábio Carneiro e Guguinha Moov Jampa, integram a CPI dos Combustíveis a vereadora Jailma Carvalho (PSB) e os vereadores, Fábio Lopes (PL) e Mikika Leitão (Republicanos).

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