Especialista orienta sobre o uso adequado do 13º salário
Neste mês da Black Friday não faltam expectativas para fazer compras. Muita gente vem se preparando, realizando pesquisas e economizando para aproveitar promoções de produtos e serviços. Já outras tantas pessoas devem acumular mais uma dívida com alguma compra. E o cenário de endividamento no país demonstra não ser aconselhável abarcar mais despesas.Em setembro, o endividamento da população brasileira que ganha até dez salários mínimos (R$ 12.120) chegou perto dos 80%, conforme um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na contrapartida, um estudo feito em agosto com mil brasileiros pelo Instituto Ipsos mostrou que 71% que pretendem comprar algo na Black Friday, um aumento de 16 pontos percentuais sobre 2021.
Nesse sentido, com a Black Friday vindo aí, há algumas dúvidas surgindo: o consumidor, mesmo endividado, deve aproveitar uma promoção de algo que já tinha em mente? Ou simplesmente tentar liquidar as dívidas já existentes usando, por exemplo, o 13º salário?
Para o contador e professor Cristiano Rodrigues, coordenador do curso de Ciências Contábeis do Unipê, o primeiro passo para chegar a uma resposta é avaliar a capacidade de compra e o nível de endividamento que o indivíduo poderá arcar.
“A Black Friday é um momento muito importante para que possamos, enquanto consumidores, adquirir produtos com preços mais baixos do que normalmente são tabelados. Mas também devemos analisar se de fato é possível adquirir os produtos e serviços que queremos, se estão dentro da nossa capacidade financeira e se isso não vai gerar um aumento do meu endividamento”, aconselha.
Para orientar as pessoas, Cristiano diz, portanto, que essa análise passa necessariamente pelo aspecto da necessidade. Ou seja, se não há motivos extremos para comprar algo, ainda que esteja com um valor consideravelmente baixo, a compra não é indicada.
Já o uso do 13º salário para fins de compras no evento também não seria interessante para quem está com as contas no vermelho: o pagamento pode ser uma saída total ou parcial do endividamento. “Então é preciso que esse seja um período para restabelecer a saúde financeira, para que aí sim, seja na Black Friday ou em qualquer outro momento, o consumidor possa novamente adquirir o seu poder de compra”, reforça Cristiano.
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