Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades cometidas pela Prefeitura de Tenório, no Curimataú paraibano. A apuração foi aberta após uma denúncia anônima que levantou suspeitas sobre despesas autorizadas pelo prefeito Manoel Vasconcelos em fevereiro deste ano, justamente quando o município estava sob decreto de calamidade pública em razão da seca.
Segundo o documento, os gastos questionados destoam da realidade enfrentada pela população. Em meio à escassez de água e recursos, o gestor teria autorizado R$ 7,4 mil em diárias — valor considerado elevado frente ao próprio salário mensal de R$ 20 mil — além de desembolsar R$ 14,8 mil em passagens aéreas para Brasília, sob o argumento de participar de agendas voltadas à captação de projetos.
Para o Ministério Público, as despesas levantam sérias dúvidas quanto à moralidade, economicidade e eficiência da gestão pública. Os valores, segundo o relatório, deveriam estar sendo aplicados em medidas emergenciais para amenizar os efeitos da seca, e não em viagens e benefícios pessoais. O caso pode configurar infrações à Lei de Responsabilidade Fiscal, à Lei de Improbidade Administrativa e até mesmo crime de peculato.
Apesar de já ter sido notificado, o prefeito de Tenório não respondeu às solicitações do MP, o que atrasou a investigação. Diante da omissão, a Promotoria determinou a expedição de um novo ofício, agora com entrega pessoal e advertências de praxe, concedendo prazo de 15 dias úteis para esclarecimentos.
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https://paraibaja.com.br/enquanto-cidade-enfrenta-seca-prefeito-e-investigado-por-gastos-suspeitos-na-pb/
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